sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ana Carolina Diz Sou bi e dai ?

                            


ANA CAROLINA Sou bi...E daí?
18/12/2005:

"Acho engraçado quando alguém chega a meu camarim e diz: 'Que
coragem a sua de cantar Eu gosto de homens e de mulheres!'.
Poxa, 'coragem' é uma expressão muito antiquada nessa área"


Na semana passada, a cantora Ana Carolina deu uma entrevista a VEJA
que contém uma confissão pessoal e ao mesmo tempo é o reflexo de uma
mudança e tanto na forma como os jovens brasileiros encaram a
sexualidade. Ana Carolina falou sem meias palavras sobre suas
preferências. "Sou bissexual", disse ela. "Acho natural gostar de
homens e mulheres." O que chama atenção é que ela trata do assunto
com leveza. E, é importante frisar, sem ter a mínima intenção de
fazer proselitismo em favor de causas políticas. "Sou contra essa
postura de levantar bandeiras para defender o homossexualismo, pois
fica parecendo que ser gay é uma doença", diz. Ana Carolina é hoje
uma das artistas que mais vendem discos no Brasil. Desde 1999 ela
lançou quatro CDs, que ultrapassaram a marca de 1,5 milhão de cópias
vendidas. Somente neste ano foram 800 000 unidades, mais da metade
de toda a carreira. Seu mais recente lançamento, Ana & Jorge, feito
em parceria com o cantor carioca Seu Jorge, atingiu a vendagem de
125 000 discos em apenas duas semanas. Não é exagero dizer que 2005
foi seu ano de ouro – e a naturalidade com que expõe sua sexualidade
só reforçou seu carisma.

Nascida em Juiz de Fora, Ana Carolina vem de uma família de músicos.
Seu avô cantava em igreja e a avó era artista de rádio. "Dizem,
aliás, que ela teve um affair com o forrozeiro Luiz Gonzaga – mas
não me pergunte se foi antes ou depois de conhecer meu avô", conta.
Ana Carolina é autodidata: aprendeu a tocar violão, guitarra e
pandeiro sozinha. Hoje em dia, diz que domina a "matemática da
música", embora ainda não saiba ler partituras. A cantora lembra que
na adolescência, ao mesmo tempo em que dava os primeiros passos
musicais, já demonstrava interesse por ambos os sexos. "Namorei
quatro garotos, depois uma menina, em seguida outro garoto e mais
tarde uma menina outra vez", diz. Aos 16 anos, ela tomou a decisão
de contar para a mãe que se sentia diferente das amigas.
"Fiz isso de supetão. Estávamos falando de um assunto qualquer e eu
soltei a confissão, como se não fosse nada. 'Mãe, eu gosto de homens
e de mulheres. Dá para a senhora me passar aquele negócio ali, por
favor?'" A opção da filha foi respeitada, ainda que mais tarde ela
tenha enfrentado cobranças. "Tive de ser mais dura com minha mãe,
para reafirmar minha condição. Mas aí ela aceitou de vez, e hoje nos
damos bem", conta.


Peter Iliccev/O Dia/AE

"Sempre apreciei as intérpretes que botam tudo para fora ao cantar,
como se fosse o últino dia de sua vida. Cantar alto me deixa
excitada"
Ana Carolina começou da mesma forma que tantos artistas anônimos:
cantava em barzinhos. Seu repertório tinha canções de Edu Lobo e
Chico Buarque, além de músicas próprias. "O barzinho é uma escola
maravilhosa, desde que você não cante apenas sucessos que tocam na
rádio, imitando as versões originais. Desse jeito, você nunca
encontra a própria personalidade." Ana Carolina ainda era
desconhecida quando encontrou uma figura que marcaria sua carreira:
a cantora Cássia Eller. "Quando Cássia foi a um show meu, eu me
senti como se tivesse ganho a Cruz de Malta", diz. As duas ficaram
amigas e, depois da morte de Cássia, Ana Carolina herdou parte de
seus fãs.

Gustavo Stephan/Ag. O Globo

Ana Carolina descobriu que era bissexual na adolescência. Quando
tinha 16 anos, ela decidiu contar à mãe. "Gosto de homens e de
mulheres. Dá para pegar aquele negócio ali, por favor?" A cantora,
no entanto, não descarta a idéia de um dia se apaixonar por um
homem. "Se isso acontecer, caso de véu e de grinalda, e ninguém irá
me impedir."


O forte da cantora são as baladas – mas ela faz bom uso de seu
vozeirão para lhes dar um toque mais dramático do que
intimista. "Cantar alto me deixa excitada", diz ela. Além de compor,
Ana Carolina tem gravado canções de medalhões e novos nomes da MPB.
Ela tem uma visão realista do gênero em que atua. "Não acredito que
surgirão na música brasileira movimentos musicais tão inovadores
quanto a bossa nova e o tropicalismo.

Mas isso não é o fim do mundo. Vamos fazer música de qualidade, nem
que não seja uma revolução", diz. Os shows de Ana Carolina têm
público eclético. Há fãs lésbicas que bradam palavras de ordem
enquanto ela entoa baladas românticas, e também casais
heterossexuais. Quando a cantora apresenta sua versão bossa nova de
Eu Gosto É de Mulher, sucesso do grupo de rock paulistano Ultraje a
Rigor da década de 80, a platéia sempre se entusiasma. "É uma canção
machista, misógina até, mas sempre divertida." Outro ponto alto se
dá quando ela interpreta uma música que estará em seu próximo disco,
Eu Gosto de Homens e de Mulheres. "De vez em quando alguém chega a
meu camarim e diz: 'Que coragem cantar essa música!'. Sempre recebo
bem esse tipo de elogio, mas acho que aí está a diferença da minha
visão. Acho 'coragem' uma expressão muito antiquada nessa área.
Nossas inclinações sexuais não deveriam causar medo."

Atitudes como a de Ana Carolina atraem dois tipos de oposição. Sua
maneira de falar de sexo parece ultrajante para os conservadores, mas
também incomoda muitos homossexuais aguerridos, que gostariam de vê-
la empunhando a bandeira do arco-íris. Ana Carolina pertence a uma
era pós-engajamento. Parte da militância não se conforma com suas
negativas a se apresentar na Parada Gay paulistana ou em casas
noturnas voltadas a esse público. "Acho que passeatas e discursos no
estilo 'nós, os homossexuais' só alimentam uma visão estereotipada",
diz. Inspirada por autoras como a americana Camille Paglia, que
admira por suas polêmicas no âmbito do feminismo e da cultura gay
("O que mais me incomodou num assalto por que passei foi levarem por
acaso um livro dela", brinca), a cantora não quer ser aprisionada
num nicho. "Posso até estar saindo com uma mulher, mas se eu me
apaixonar por um homem e decidir casar com ele na igreja, de véu e
grinalda, ninguém vai impedir", diz. 


Fonte: veja

7 comentários:

  1. PARABENS PELA REPORTAGEM! AGORA AGUARDO COM MARIA GADU

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. OUVI DIZER QUE VC ESTA BEM! QUE JÁ TEM UM OUTRO ALGUÉM! ENCONTREI MOEDAS PELO CHÃO,MAIS NÃO VI NINGUÉM PRA ME ABRAÇAR ME DAR A MÃO! TE AMO ANA CAROLINA E MARIA GADU!!

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  4. DIA 28/05/10 É ANIVERSARIO DA MINHA NAMORADA!É COMO SEMPRE QUEM CANTA A NOSSA TRILHA SONORA É ANA CAROLINA.DESEJO A PALOMA MATOS DE REZENDE TODA FELICIDADE DO MUNDO. TE AMO! E GRITO BEM ALTO QUE É AMOR ! O QUE SINTO POR VC AMOR!

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  5. Olá Ana sou Carlos e sou de Portugal, não invisto em musica mas estou aqui no computador a ouvir-te vezes sem conta.Por mero acaso encontrei este site a falar de ti. Enquanto te ouvia pensava para mim "mulher muito interessante e simpactica" tens uma linguagem corporal belessima e pela minha experiencia de vida ao longo dos meus 41 anos ...pensei demasiado sensual para ser hetero. Quando li mais sobre ti ..acabei por rir de mim mesmo. parabens pela pessoa que és.

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  6. eu amo demais a Ana Carolina, e eu lendo essas reportagens com ela , pude aprender mais sobre oque ela pensa e um pouco mais sobre ela, sou fã dela desde 2001 que foi quando eu realmente comecei a ouvir e gostar mais dela, e o meu maior sonho é ir em um show dela e " invadir " o camarim dela e tirar mt's fotos com ela e dar um selinho na boca dela (rsrs...)


    Ass: Taysa =D

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  7. ola ana vc faz parte da minha vida adorei as entrevista, vc e dez fui ao seu show e vibrei cadaminutinho t amo d+ beijãOooooo !!

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